13 setembro 2006

BEIJO DO VAMPIRO



De costas para a porta, sinto-te aproximar. Tal como esperava as tuas mãos rápidamente se deslocam para a minha cintura colando o meu corpo ao teu. Enquanto com um dos braços traças completamente o meu peito e apertas-me contra ti com a outra mão afastas-me docemente o cabelo e aproximas os lábios do pescoço. Arrepio-me inteira ao aproximar a tua respiração quente e na expectativa de sentir teus lábios molhados na pele. Sinto o peito encher e os mamilos endurecerem em simultâneo.
Teu pénis dentro das calças parece querer romper todas as barreiras tal a força com que o sinto nas nadegas coladas a ti. Humedeço por dentro fazendo brotar da minha gruta de amor um mel espesso e doce. Balanço o meu corpo no teu enquanto me chupas o pescoço igual a um vampiro faminto saboreando-me o sal da pele transpirada.
Qual vitima, ofereço-me para o sacrifício total do meu destino que é amar-te sem limites. Viro-me e olho-te dentro dos olhos frios e impenetráveis. Beijo-te suavemente os lábios até sentires a urgência do meu corpo. Entregas-me a língua que me penetra muito para alem da boca obrigando-me o corpo a ceder á lascívia que emana de ti.
Demoras infinitamente a tua lingua dentro de mim, deixando para sempre a marca indelével do doce veneno do escorpião nesta boca que te pertence. Como num ritual sempre repetido mas nunca igual entregamos as nossas línguas á preliminar dança da paixão.
As horas seguintes serão como sempre únicas e irrepetíveis. Porque juntos, apenas sabemos vive-las assim. No limiar do risco e no limite do desejo. Sem rede nem remorsos. Egoisticamente sós.

Diva

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