20 setembro 2006

Egoísmo

Sem hesitar obedeço aos meus instintos e entreabro as pernas deixando que as tuas mãos me arranquem a calcinha já húmida de vontade. Sinto teus dedos escorregando por dentro de mim e estremeço. Num gemido mal abafado escondo a vontade de gritar e por isso te beijo, um beijo inteiro, total e que acelera a minha respiração fazendo com que uma onda de prazer intenso me percorra o corpo.
Por instantes perco-me no beijo, no momento. Olhando-me nos olhos, pões as mãos na minha blusa que desapertas com mestria fazendo-a cair ao chão e deixando á vista a lingerie branca. Femenina, sinto-me satisfeita pela escolha dela como se tivesse adivinhado que alguém mais iria apreciá-la. Abocanhas sem timidez o meu mamilo empinado e duro enquanto enches a palma da tua mão com o outro seio. Entrelaço as pernas á volta da tua cintura e sinto teu sexo inchado por baixo das calças completamente excitado o que aumenta sobremaneira a minha já quase incontrolável excitação. Digo-te ao ouvido tudo aquilo que quero de ti e tu generosamente atencioso me fazes as vontades. Empurro impaciente a tua cabeça ao longo do meu ventre escaldante e só sossego quando sinto a tua língua no meu clitóris sugando-me devastadoramente. Movimento-me como uma louca, um movimento desordenado e desesperado rebolando as ancas até gozar imensamente na tua boca completamente lambuzada pelo meu desejo.
Não me sinto capaz de qualquer tímidez hipócrita, pelo contrario, sinto-me egoísta e pronta para um novo orgasmo e imediatamente me ajoelho tomando o teu membro duro em minha boca e vou engolindo aos poucos aquilo que me ofereces. Chupo-te gulosa enquanto me acaricio colocando dois dedos dentro da minha fenda molhada de prazer, entreabro os joelhos e rebolo com os dedos dentro de mim mantendo-o sempre na boca. Quase me engasgo mas a vontade se revela maior quando me puxas o cabelo e pronuncias palavras porcas, ofensivas, chamando-me de tua, sempre tua puta.
Sinto-te prestes a explodir e praticamente te empurro para a cadeira que ali esta esperando por nós. Sento-me em ti, sinto-te entrar em mim com demasiada força mas mesmo assim afundo-me completamente. Apertas-me a cintura e conduzes os nossos corpos obrigando-me a subir e a descer em ti sentindo teu sexo me tocar as entranhas provocando-me dor e muito prazer. Apertas-me os seios de forma quse animal o que me obriga a gemer o teu nome vezes sem conta só me calando quando tua boca cobre a minha e me beija sem limites deixando que as nossas línguas misturem sabores, somem vontades e desejos, multiplicando o prazer do corpo. Não existe controle possível, estou pronta e apenas espero o teu sinal. Transpirada, ansiosa, descontrolada continuo a rebolar meu desejo em ti mais e mais até acontecer de novo um orgasmo intenso, explosivo. Sinto-me desfalecer em milhões de pedaços enquanto dentro de mim tu rebentas jorrando prazer quente e urgente que me enche até a alma.
Deixo-te na tua pele marcas de unhas que te rasgam a carne o que nem sentes. Exausta me entrego agora aos teus beijos doces que apenas servem de interlúdio para o que sabemos virá daqui a momentos. A continuação deste poema de desejo, muito para além dos ponteiros do relógio e da compreenção dos outros.

1 comentário:

L.S. Alves disse...

Bastante explicito, mas ainda não chega a ser vulgar.