26 outubro 2006

Bebe-me II




Devagar levanta a taça e brinda a nossa loucura, faz o brinde em silêncio para não acordares a consciência da realidade que dorme embriagada num sono propositado.

Inventa um gesto novo e entorna em meu corpo as gotas rubras desse líquido inventado por um deus pagão e olha-me enlouquecer a cada gota que escorre em mim.

Vem até mim, bebe-me inteira para acreditares que sou tua neste momento sem fim. Deixa que eu te seduza perante a taça cheia que se acaba a cada suspiro, a cada palavra, a cada gole de mim.

Agora, vamos repetir o ritual até que se esvazie a garrafa ou melhor... até que fiquem vazias as nossas paixões, e...quem sabe então assim...

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