Liguei a aparelhagem e escolhi um disco do Kenny G. Coloquei o som bem alto e fui encher a banheira, as pétalas de rosas quase secas do vaso da sala deram o toque final, joguei-as uma a uma na agua quente e deixei que o cheiro delas se espalhasse pelos cantos da casa.
A música começava aos poucos a tomar conta de mim, enquanto prendia o cabelo e me olhava no espelho meu corpo deixava de me obedecer e ganhava vida. Levantei os braços e comecei lentamente a movimentar-me ao ritmo do som, fazia movimentos suaves e animados, não deixava por um minuto de ver a minha imagem reflectida no espelho.
Como que num ritual pagão eu dançava lentamente, fechei os olhos e me deixei levar para lugares pouco habitados, dançava agora com a alma enquanto me despia aos poucos, primeiro tirei a blusa e depois aos poucos sentia as calças caírem a meus pés. Abri os olhos e me vi reflectida novamente no espelho, meus seios, ventre, coxas, pernas, meu sexo coberto apenas por um pedaço de tecido rosa — a calcinha que tirei em poucos segundos, estava nua, livre, liberta de trajes e pré-conceitos.
Dancei ao som da música que se misturava ao barulho da chuva, fechei os olhos e a cada movimento sentia o cansaço desaparecer do corpo e da mente. Toquei-me aos poucos, sem pressa, o som do saxofone entrava cada vez mais em mim como uma poderosa droga que percorria cada pedaço do meu ser, já não pensava em nada, olhei para a cadeira em frente de mim e me convidei a sentar nela, separei as pernas e me acomodei confortavelmente sem parar de me movimentar, senti-me humedecer e gostei da sensação.
Toquei sem pressa os meus mamilos que estavam completamente arrebitados e massajei de forma gostosa e atrevida enquanto sentia um forte calor descer-me a espinha e alojar-se entre as pernas, percebi que estava completamente molhada quando meus dedos entraram em mim.
A música continuava a ritmar os meus movimentos e coloquei os dedos mais fundo que consegui, remexia-me com eles bem dentro, dançava procurando o êxtase, o prazer do corpo e da alma. Mexi-me o mais que consegui, já não obedecia o som da música, o corpo ganhava mais movimento, mais vontade... Alternava o movimento dos dedos metendo dentro de mim e esfregando o botão evidenciado na gruta do prazer, não conseguia calar o som que provinha de mim e gemi, gemi ansiando o momento que chegava sem demora, o momento mais alto de todos, o êxtase.
O êxtase chegou em imensas ondas que me percorreram inteira fazendo-me provar um orgasmo intenso, verdadeiro e só meu, tão forte que me deixou quase sem forças nos joelhos e me deixou sorrindo de leve olhando a minha imagem reflectida no espelho, suada e feliz.
Lembrei-me então que a água na banheira estava quase fria, entrei nela e me acomodei ainda ao som do saxofone, molhei o corpo inteiro com aquela água perfumada e no mesmo instante que comecei a ensaboar-me percebi que queria mais prazer e com vontade, comecei tudo de novo...
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