14 dezembro 2006

Vermelho


Danço no fogo
Nele serpenteio
E nesse meu jogo
Tu me incendeias
Na fogueira de mim
Sou brasa em rubro
No corpo que cubro
Com beijos que calam
Com carícias que falam
No fumo que sufoca
Arrebatando em paixão

No fogo crepito
Ao fogo dou vida
Gea renascida
O meu corpo dança
Em fogo se transforma
Nas promessas que são
Brasas no carvão
Ressuscito enfim
No teu coração.

Antes e depois
Fogo adormecido
Agora chama ardente
No fogo reclama
Mais fogo engolido
Mais fogo sorvido
Em salivas mornas
Que da boca cuspo
Em suor e gritos
Soltos em espelhos
Buscando infinitos
Em tons de vermelho
Vermelho infinito
Fogo de paixão
Pecado ou prazer?
Não me importo,
Nunca me importei!

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