17 dezembro 2007

A língua lambe

A língua lambe as pétalas vermelhas

da rosa pluriaberta; a língua lavra

certo oculto botão, e vai tecendo

lépidas variações de leves ritmos.

E lambe, lambilonga, lambilenta,

a licorina gruta cabeluda,

e, quanto mais lambente, mais ativa,

atinge o céu do céu, entre gemidos,

entre gritos, balidos e rugidos

de leões na floresta, enfurecidos.

Carlos Drumond de Andrade


P.S. Recebi este poema pos sms de um amigo muito quido. Bigada Rui.

13 comentários:

Anónimo disse...

ooooookkkkkkkkk....
:)
Está realmente um cenário de ultrapassar limites, a própria velocidade da luz!

Bejo!

Kapikua disse...

que maravilha!

Anónimo disse...

;) hummmm sempre prazerosas os poemas do carlos ;p

beijoca

Anónimo disse...

Adorei! Obrigadíssimo!

Bichinho disse...

Huummm...beijo fantasma.

As Chamas do Fénix disse...

Absolutamente fantastico... é lindo beijos

MIMO-TE disse...

Uff!
Que amigo quido!!! :))

Lindo, lindo!!

miminhos miga

Hydrargirum disse...

Oh que bonito!:)

"a licorina gruta cabeluda"...é uma imagem a reter!!!

Que grande sms:)ena ena!:)

FELIZ NATAL E MTOS BEIJINHOS DIVA:)

markus disse...

Diva,
UM FELIZ E SANTO NATAL E UM PRÓSPERO ANO DE 2008.
Beijokas*************

Fabio Valentim disse...

Só de ler estes textos, me deixou extasiado. Faz a imaginação voar...
Beijos.

luafeiticeira disse...

Bem escolhido o poema, não há nada como saber escolher metáforas para dizer o vulgar.
Boas Festas
Se quiseres ler a versão masculina do Conto erótico, mas ao Contrário...
beijos femininos

alexia disse...

A sms saiu cara...espera, agora ha aqueles pacotes de sms gratis que são propicias a estas coisas...na minha opinião muito mais interessantes que as anedotas que as vezes chegam aos milhares e que não me fazem sequer esboçar um sorriso!

ángel disse...

Gracias po este poema de Drummond, uno de mis poetas predilectos.


Saludos...