Baza!!!

Aviso-te que estou meio desalinhada, perdida dentre cores e aromas de cravo da índia que concerteza ainda não conheces. Não sou filha do sol e todos sabemos. Prefiro o escuro e a noite, mas hoje tenho sabor de um amarelo que nem todos gostam mas concerteza sou dona de todo o brilho do mundo. Nada me faz frente! Bem.. quase nada... Meu corpo se incendeia com odores de água e terra que se submerge no alvorecer da alma me transformando em feitiço. Desatinas e transgrides, sei que nunca respeitas os meus avisos. Arriscas. Afundas-te na minha imensidão com ares de grande navegador, fincas tua presença e sem medo de te viciares, metes teus dedos avídos até bem dentro das minhas certezas e baralhas tudo! Burilas meus segredos, palmilhas meus desejos, pões em causa os meus limites!!! Odeio essas tuas manias!!! Dá-me raiva que adentres em mim em dias de sol como hoje, me faças pedir chuva e asfixiar meus pedidos de calmaria para seguir-te por pecados, turbulências e subterfúgios pelo qual me rendo mal tua língua me invade a boca.

Avisos são para serem respeitados, porra!!! Baza la, que não suporto que me queimes como vela ardida e que me ponhas em brasa as entranhas humedecendo meus sentidos e me fazendo lembrar que não pertenço a lugar nenhum e que só me sinto patriota quando a noite chega e tu, dentro de mim plantas desilusão.

Sim... Aviso-te que mesmo indefinida um dia destes abres a porta de mim e não me encontras. Resolvi assumir que sou noite e fui-me sem te avisar!