10 julho 2010

Estados d'alma

Esta estranha e inquietante impressão de que nada no fundo é meu, de que tudo está preso a incontestável ironia do destino, essa sensação de ter o coração na boca, as cicatrizes remendadas, essa deriva sufocante que não diz a que veio e nem se vai morar aqui pra sempre, esse meio-verbo que antecipa tempestades a muito por mim conhecidas... labirintos.
Esse desejo que não consigo compreender, essa noite que amanhece em estilhaços, essa dor de [me] ser, de [me] sentir, de [me] perder por aqui, de não [me] conseguir esconder sob a insónia entediante de uma noite fria.

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