04 setembro 2010

Maremoto

Ainda tenho o sangue tremulo, e temperado pelo sal das ondas calmas do mar que me ofereceste. Trancada nos restos da minha loucura, percebo-te mais louco do que eu. Ninguém em sã consciência oferece o mar embrulhado num sonho desmedido e cheio de laços de uma poesia quase melancólica que se perde no sotaque de uma língua cheia de incógnitas que se desfazem na areia subversiva deste querer calado e incomum.

Ainda, com texturas de uma tontura de certezas de impossibilidades de nos ser-mos, desencarno do corpo transpirado de desejo mal resolvido e com um estranho olhar desmaquilho do pensamento a insanidade dos pensares de arrepios vulgares, a fúria dos beijos e as marcas invisíveis da fome animal e do prazer desmedido que em mim ficou pintado. Devagar...lavo o perfume de ti impregnado no brilho negro dos meus cabelos e impresso nas roupas jogadas no chão prontas para entardecerem na espuma de um qualquer sabão em pó.

De dentro das coxas as chamas de ilusão, agora meio apagadas sobram apenas num manso calor. Sorrio. Estou cansada de lembranças infinitas e antecipadas. Vou dormir.

5 comentários:

camaleoa disse...

Xêeeeeeeeee..
Imagem forte essa daí, hein Diva???
:o)))

Bom Domingo.. :)
Bjs

Sem nome disse...

Gostei do que tu escreves.

Migalhas de Lua disse...

Bruxinha,

Agora quem não vai dormir sou eu...

bj

Kapikua disse...

porque é que eu amo o que escreves?
quando lanças um livro (se é que já não editaste)

Se sim envia-mo à cobrança que eu compro, só o quero autografado!

beijo meu dentro das coxas!

Eu sei que vou te amar disse...

Minha linda maravikoso este sentir! Dorme com a certeza que o tens em teus sonhos! Beijo doce