Queimo o incenso que exorciza a saudade e evapora as memórias. Fogueira mansa que se espalha pela casa e pela alma, dança adocicada que me escorrega pelo ventre, que me despe e me contorna com mãos invisíveis os sonhos sonhados em linhos de luxúria. Alucinação que inunda o ser e se deixa escorrer por grutas com mel e inebria meu corpo com aromas e essências que não saciam mas acalmam a correnteza do meu desassossego.
Não sei se de mim te lembras, se me entendes, se de algum modo me sentes nesta distância enfeitiçada que nos separa os destinos mas, onde o desejo é inegável, imutável e embriagante. Sinto apenas que em mim tua pulsação continua acelerada, driblando a falta de oxigénio e a acidez da língua que se molha em outra boca mas que é contra a saudade dos meus mamilos erectos que repousa. Sabes? Ainda te sinto.
Não sei se de mim te lembras, se me entendes, se de algum modo me sentes nesta distância enfeitiçada que nos separa os destinos mas, onde o desejo é inegável, imutável e embriagante. Sinto apenas que em mim tua pulsação continua acelerada, driblando a falta de oxigénio e a acidez da língua que se molha em outra boca mas que é contra a saudade dos meus mamilos erectos que repousa. Sabes? Ainda te sinto.
A noite, a muito caiu e minhas margens, embora tranquilas e livres ainda esperam entreabertas pelo ritual mágico em que tu és eu e, eu sou tu. Dançantes pecadores, amantes secretos, escravos do tempo e da espera. O incenso finda... e a magia também.
4 comentários:
Que pena que a magia termine... quando o incenso finda!
Queria muito nunca me lembrar de ti. Talvez do antes, um pouco. Do depois não. Contrariando as mais optimistas previsões o tempo colou-te aos (meus/teus/nossos) sentidos e não te deixa ir embora. Os incensos esvaiem-se em cinza, odores intensos e fumo. A vida tambem.
PS: Por quantos anos te vais lembrar desta data? (hoje/ontem)
contigo nada finda, tudo se eterniza!
Beijo
Palavras que adocicam a alma e perfumam a nostalgia!
Beijo
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