03 outubro 2007

Trechos de um diário morto (liberdade)

Segunda-feira... são pouco mais que quatro da tarde. Uma doce paisagem se estende abeirada pelo meu dorso de mulher. Sentada no banco do carro em frente a marginal brinco de escrever enquanto espero que uma amiga saia do trabalho. O vento beija suavemente as ideias que me absorvem nesta realidade que quase se perde num transe. Entardeço no olhar e me perco pelo Índico sem pressa de voltar para casa. Estou longe... Longe das censuras e da hipocrisia que a vida me ensina a exercitar. O sopro da indecencia transpira displicente quando um olhar atrevido cruza o meu pensamento distraido... O folego teima em faltar...
Fraquezas e desejos se espalham imediatamente entre as conchas e a areia morna, o coração palpita, o sol faz vénia, o tempo vacila e quase resolve parar. A paisagem que me cerca ofusca e congela em camara lenta. A liberdade deste momento de vida começa então a nascer...

7 comentários:

Anónimo disse...

Parabens, este sim!! e lindo subtil...

Bjs,
Patricia

vieira calado disse...

Um belo texto!
E aproveito para saudar Moçambique, neste convívio da blogosfera.
Beijinhos.

luafeiticeira disse...

Estou a adorar o teu blog e digo "estou" porque já li vários textos e vou continuar, aliás vou linká-lo no meu, OK?
Agradeço muito o comentário que deixaste, não só pelo conteúdo (motivador) como por me dar a oportunidade de conhecer o teu.
Beios enfeitiçados

Lya disse...

ta lindo este post!
jokas axokolatadas

Rui Caetano disse...

Interessante.

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Adoro essa música!!

;)dá uma força.... viste o filme???

e o texto...:) gostei mt,
bom fim-d-semana*******************

Mustafa Şenalp disse...

çok güzel bir site.