Minha alma está possessa por liberdade, ando tingida de cores e aromas perigosos, infernos incertos e escaldantes e a vontade de descobrir novos sabores se arrebenta por entre as minhas coxas como um vulcão prestes a entrar em erupção. Nasco nas brasas do lamento do meu corpo, prossigo em ruas, destinos, becos e (des)afectos. Não consigo calcular as distâncias certas entre o pecado inacabado e o desejo infecundo de te sentir espalhado em meus vícios por explorar.
Fumo o cigarro que nunca termina. Na fumaça o silêncio lascado da humidade cortante que me encharca o sexo e me obriga a apertar as coxas com mais força. Resmungo baixinho numa língua pouco falada. Transpiro as iniciais do teu nome e rabisco poemas quase absolutos com linhas de perfume e ânsia. Ofereço-te o meu corpo. Queres? Toco-me discretamente, os mamilos se arrebitam pedindo gestos de socorro que incluem língua e dentes. Os nervos se agacham para sugar-me o desejo e sinto o sabor da carne profana na ponta dos dedos. Toco-me sem parar. Me transformo em página escrita, rabiscada, fodida, incompreendida no meio de algumas sementes de ilusão. Atiro-me entre o céu e o precipício. Grito. Extingo as palavras e de repente faço das metáforas gozo e ritmo. Quase sufoco. Estremeço. Serpenteio em luas e chuva. Movo-me com sede e me rasgo inteira. Contorno-me. Esgoto-me. Consagro-me em prazer.
Tiro o resto do cigarro do cinzeiro e exibo-me nua no espelho desta confissão mágica. Chamo a razão no perfume a sexo que inunda a sala. Danço uma sonora gargalhada entranhada na garganta e ganho fôlego para continuar a escrever...
Fumo o cigarro que nunca termina. Na fumaça o silêncio lascado da humidade cortante que me encharca o sexo e me obriga a apertar as coxas com mais força. Resmungo baixinho numa língua pouco falada. Transpiro as iniciais do teu nome e rabisco poemas quase absolutos com linhas de perfume e ânsia. Ofereço-te o meu corpo. Queres? Toco-me discretamente, os mamilos se arrebitam pedindo gestos de socorro que incluem língua e dentes. Os nervos se agacham para sugar-me o desejo e sinto o sabor da carne profana na ponta dos dedos. Toco-me sem parar. Me transformo em página escrita, rabiscada, fodida, incompreendida no meio de algumas sementes de ilusão. Atiro-me entre o céu e o precipício. Grito. Extingo as palavras e de repente faço das metáforas gozo e ritmo. Quase sufoco. Estremeço. Serpenteio em luas e chuva. Movo-me com sede e me rasgo inteira. Contorno-me. Esgoto-me. Consagro-me em prazer.
Tiro o resto do cigarro do cinzeiro e exibo-me nua no espelho desta confissão mágica. Chamo a razão no perfume a sexo que inunda a sala. Danço uma sonora gargalhada entranhada na garganta e ganho fôlego para continuar a escrever...
11 comentários:
"Atiro-me entre o céu e o precipício. Grito. Extingo as palavras e de repente faço das metáforas gozo e ritmo. "
Pensei que tinhas desaparecido oh poeta! Oh grande diva, pões os homes lokos mulher! Ai se eles soubessem....
eheheheh, adoro uma cumplicidade!
Besos loka.
E é nestas belas palavras que vejo e revejo as «Mil Faces de uma mesmo eu», a mulher «Serena e intensa.Mutante da eternidade», descubro a « Terna contradição de me ser» simplesmente maravilhosa miga, és tu assim, simplesmente a frente e « O avesso de uma Diva» !!
Beijinhos mil
é saudade tem destas coisas.
bjosss...
AVID...
No silêncio da noite
meus olhos te desejaram
imaginaram os contornos do reu corpo,
o calor de um beijo,
a suavidade de uma caricia...
Beijos meus...
A razão... o perfume da razão anda perdido... E com ele o do amor tbm...
Beijos e borboleteios Avid
Avid, Olá.
Fogem-me as palavras sensuais e matreiras, para que consiga, conscientemente, comentar esta pérola erótica que postaste. É bem descrito demais, no ínfimo pormenor, que vivemos a situação e ficamos com água na boca, porque queríamos mais.
O que eu adoro ler-te..."meu amor"...
Beijos meus também:-)))
...quem escreve assim ( em palavras) a originarium sensualidade, imagine se os mundos que se podem abrir nos silêncios.
Any way, quem mais sensual que a poetiza/ poeta?
xaxuaxo
Haja quem não pare de escrever, sobretudo se o sabe fazer.
Ainda te lembras da Lua Feiticeira?
Regressei com a Heidi.
Jocas
Bravo!! Excelente!! Palavras que ganham vida, contornando esta sede no infinito de nos!
Ado-reiiiiiiiiiii
Beijo de quero mais
Querida amiga, o texto que escreveste é soberbo. Tens estofo de escritora.
Para além disso, soubeste abordar até ao limite um tema onde a esmagadora maioria cai na vulgaridade. E isso não acontece no teu texto, onde a sensualidade é explorada sem pisar terrenos baixos.
Bom fim de semana, beijo.
ola AVID
desde ja obrigado por visitares meu blog.
Entrei no teu blog e fiquei de boca aberta ( e isso faço eu(dentista) eheheh).
parabens.
Enviar um comentário