30 janeiro 2011

Shut up

Mandaste-me calar. Calei-me. Agora desenrasca-te. Arranca de mim todas as palavras que eu ainda tenho por dizer. És capaz de conter esta chuva de letras húmidas? Podar os versos que na alma crescem, a pele que alastra, e o coração que pulsa trazendo a tona nomes, cores, amores, lugares, ares de mim, de ti? Não me bastam repetições excessivas do quotidiano. Preciso beber de nós, desta mistura explosiva [linhas, entrelinhas, tu e tuas facetas, promessas, dores, enigmas...].

3 comentários:

KImdaMagna disse...

O medo de me afogar nessa torrente húmida que inexorável emanas, é real.Em piscina olímpica ensaio já as primeiras braçadas de aprendizagem, embora veja num afogamento amoroso o transpor para uma 13ª dimensão. Sendo filho da terra, mãe agricultora, e perante as podas das tuas múltiplas facetas[ sim também as tens ], estou como peixe na água, não te admires, pois tu és a produtora das letras húmidas que me alagam e o ar que te rodeia a mim também. Uno Corpus ! Una Mentes !Minha única repetição é querer te, também repetidos foram já os cortes na pele, por isso ta ofereço curtida, limpa, com cheiro a fresco.Os explosivos? Beber de nós... dizes, concordo. As dores e enigmas são os puzles, puros jogos de entretenimento nos momentos de lazer... quando os corpos não se quiserem...

Kapikua disse...

a ti nunca te mandarei calar...

a beleza das tuas palavras, a força com que as dizes merecem liberdade incondicional!

beijo grande para ti, minha Diva!

Salve Jorge disse...

Prefiro quando não cala
Quando todo o corpo fala
E não falha
Até o ar farfalha
E o prazer se espalha
Só então calha
Amá-la
Com a força que embala
Fazendo de todo sentido, verbo...