30 setembro 2007

Bilene II: Madrugada suada

Segundo um leitor aqui do momentos, eu estou em dívida com o final do que começei a contar sobre o “Bilene”. Bom, por uns e outros motivos nunca cheguei a postar a parte que faltava, se alguns detalhes ficarem perdidos, é porque isto já se passou a alguns mesitos...

O relógio marcava cinco e pouco da matina quando senti que batiam na porta do meu quarto, por momentos ainda pensei que estivesse a sonhar, mas pela insistência e pelo nome que aparecia no visor do meu cel que também tocava era tudo muito real concerteza. Abri a porta de olhos praticamente fechados, sabia exatamente quem era, só não fazia a minima ideia de como ele estava a minha porta a aquela hora.
- Caiste da cama? – perguntei no mesmo instante que me atirava novamente aos lençois.
- Pior, mal consegui dormir. Respondeu enquanto fechava a porta. E continuava a falar. Inventei uma pescaria de última hora e a madame pensa que fui com o pessoal. Porra Diva, estou com um tesão do caraças. Vem cá...
-Já eu meu querido, estou pedrada de tanto sono. Vai pescar. Ah... bom dia ou boa noite, sei lá... vê bem se não te vêem a sair daqui.

Coloquei-me de barriga para baixo e fechei os olhos, embora confesse que o sono já se tinha ido embora no mesmo momento em que vi a vontade dele por mim estampada naqueles olhos claros. Segundos se passaram em silêncio e pouco tempo depois senti a lingua dele no meu tornozelo, um inevitavel arrepio me fez estremecer inteira...
- Ainda não te foste embora? Perguntei com a cara enfiada na almofada tentando abafar os gemidos que a língua dele nas minhas pernas me faziam soltar da garganta. Ele não respondeu, e continuou a deslizar a língua pelas minhas coxas enquanto com as duas mãos me massajava as nadegas, com movimentos circulares bastante excitantes. Pegou em dois dedos e sem delicadeza nenhuma colocou no meu sexo húmido e quente, soube tão bem que me arqueei ficando de quatro para que ele continuasse o que estava a fazer, passava a língua quase que de forma imperceptivel no final da minha coluna, seus dedos se movimentavam dentro de mim com um entrar e sair completamente exigente.
- Vira-te!- Disse-me.
-Ainda queres que eu vá embora?- perguntou enquanto eu reparava que ele estava completamente nu e excitado. Passando seus dedos molhados de mim pelos meus lábios. Não respondi, meu corpo trazia a resposta transbordando vontade e desejo. Engatinhei até ao sexo dele que me esperava inchado e passei suavemente a lingua pela ponta enquanto segurava com a mão o resto fazendo suaves caricias com os dedos.
- O que achas?- Respondi com os olhos completamente pregados nele.
- Não sei e nem me interessa. Respondeu ele apertando-me os cabelos e obrigando a chupa-lo, como se isso fosse preciso... afinal essa era a minha vontade no momento.

Dediquei-me inteiramente a enloquece-lo com a boca, chupei gulosamente ouvindo como música o gemer dele ecoar no silêncio do quarto. Enquanto fazia isso, peguei na mão dele e fiz com que me esfregasse o clitóris totalmente inflamado. Estava cheia de tesão e tive de tirar a mão dele com urgência para que não explodisse naquele exacto momento.
- Lambe-me! Disse eu num pedido que mais parecia uma exigencia.
- Sim... mas só se te vires na minha boca...
- Lambe-me porra!!!

Ele afastou-me as coxas e bastante obediente me entregou a língua, sentia-a escorregar dentro de mim, ele alternava os movimentos em que me lambia o clitóris e me chupava os grelos inchados e completamente entesados. Levantei as coxas e me esfreguei nele o mais que pude, rebolava pedindo mais... Ele metia a língua o mais fundo que podia, eu respondia as suas investidas me abrindo o mais que conseguia.
- Quero que te venhas agora para mim. Ouvi-o dizer entre outras tantas palavras pouco ou nada pudoradas.
- Vem-te para mim minha Diva...
Não foi preciso pedir muito mais para que eu obedecesse tal desejo que se dividia entre eu e ele.
Rebolei-me até mais não e lhe ofereci o que ele queria, explodi na boca dele entragando-lhe cada pedaço de loucura perdido naquele momento roubado. Infinitos estilhaços de prazer se espalharam pelo meu corpo em forma de extase quase que absoluto. Sim... não foi absoluto porque meu corpo em pouco tempo se mostrava deliciosamente pronto para mais...
Fiz com que ele se sentasse na borda da cama e me sentei por cima dele... Aos poucos senti-o penetrar-me enquanto me apertava as ancas e os seios quase que com uma força descomunal. Sentir que ele se descontrolava era um prazer enorme. Desprendi-me das mãos dele contra a sua vontade e me coloquei de joelhos no chão.
Sentia-me agradavelmente submissa com o seu membro erecto na minha boca, que depois coloquei entre os seios pressionando com força.
- Não aguento mais porra, afasta-te ou não respondo por mim. Respondi a esse apelo soltando uma gargalhada enorme. E subindo para cima dele onde tive apenas poucos segundos para cavalgar enquanto o ouvia grunhir animalescamente e explodindo dentro de mim em convulsões de prazer. Não sai de cima dele, e continuei a esfregar-me nele até vir-me também exaustivamente.
Atirei-me para o lado da cama e perguntei ainda quase sem folêgo: Trouxeste mais camisinhas?
- Doida... respondeu ele levantando-se da cama. São quase oito da manhã caraças! Tenho de inventar uma desculpa para não ter ido a pescaria, e quem vai a conduzir até Maputo sou eu, esqueceste?
Não senti quando ele saiu do quarto pois estava completamente adormecida. Tornamos-nos a encontrar quando já eram quase dez da manha enquanto tomavamos o pequeno almoço e preparavamos as coisas para voltar para casa.
Um bom dia discreto entre nós dois, de forma alguma denunciava os momentos que tinhamos passados juntos...

11 comentários:

Anónimo disse...

"...Vem ver a Lua envergonhada
Tímida junto das estrelas surgir..."

Boa semana .

Dhyana disse...

Pronto!
Lá tenho de fazer uma pausa para fumar um cigarro. No estado em que fiquei, o mais certo é ir parar a casa de banho e fazer o que mais apetece! E estou a trabalhar.
Beijos

Leonardo Vieira disse...

Que coisa!
O "Coiso" quase que estoira menina!
Grande conto...erotismo à flor da pele.

Bjs

Menina do Rio disse...

Deliciosamente louco...
beijinhos

Menina do Rio

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Diva, belo texto.
Gostei muito do reu blogue.
Beijinhos!
Fernandinha

Anónimo disse...

Uma agradável surpresa.

E já agora, podes dizer-ma por que razão os comentários foram desactivados por um administrador do blogue?
É que no post a seguir... zero!!!

lumadian disse...

Estou pasmado pela bela forma como escreves, e que bem que escreves. Consegues transmitir sensações, como o cheiro, o som, a luminosidade de toda a cena. Parecia que estava a ver um filme ou então que estava lá bem presente.
Fantástico, adorei.

un dress disse...

acima...

comer as palavras...

às vezes apetece comer as letras,

des-tituir as palavras.

reformá-las de si. de nós.



beijO

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Adorei essa nova lingua q queres palavrear...


****************n consegui comentar lá....mas deixo aqui o testemunho!

********************************

Bárbara Lemos disse...

Por que não me deixou comentar lá em cima? Que coisa... adorei o que escreveste e ainda mais a imagem que colocaste, ela representa uma das minhas mais idealizadas fantasias. De longe e apenas um detalhe dela, mas representa.

Beijo meu.

Noctivago disse...

Simplesmente .....bem escrito. Gostei, bem pormenorizado.