Dificilmente me consigo manter sossegada, como uma pedra no fundo de um lago ou um azul sem nuances no fundo do céu. Nasci da inquietude. Sou a transmutação exuberante da irreverência. Fragmento-me em cada acto e pouco a pouco me deixo identificar com nada. Apenas mais uma orquídea arrepiando no frio de uma tarde chuvosa.
Gosto de escapar dos limites, enquadrar-me na alegria passageira e contagiante, no ritmo da boémia, na dança dos escombros e na turbulência densa e transbordante dos olhares da noite. Assume-me ser um animal vulgar… uma fera de angústias e arrogâncias quase ridículas, com a força feminina do êxito do género. Nua e na frente do espelho descobres-me quase sempre em construção. Preciso do provisório e do proibido para me acontecer. Sentir do umbigo me estender numa capulana de perigo e imperfeições que me sustentam. Em mim tudo é igual a ti. É de ti que fui parida, das sementes das horas tardias do teu sémen.
Nos seios, no suor, no sangue, no sexo, preencho-me sempre de violentos e ansiosos desejos. Salivo abismos e transgrido excitação como a primeira bailarina do caos. Uma diva em eternas viagens de alma que se conduz em atalhos dos precipícios retalhada nos mesmos rituais de uma louca a espera de cair no vazio.
No fundo não sou ninguém. Sou a vizinha da porta ao lado. Sou a boca sem alimento. Sou a puta da esquina. Sou a santa sem altar. No fundo sou tudo. No fundo sou tua fêmea preferida. Inperceptivelmente imortal!
Gosto de escapar dos limites, enquadrar-me na alegria passageira e contagiante, no ritmo da boémia, na dança dos escombros e na turbulência densa e transbordante dos olhares da noite. Assume-me ser um animal vulgar… uma fera de angústias e arrogâncias quase ridículas, com a força feminina do êxito do género. Nua e na frente do espelho descobres-me quase sempre em construção. Preciso do provisório e do proibido para me acontecer. Sentir do umbigo me estender numa capulana de perigo e imperfeições que me sustentam. Em mim tudo é igual a ti. É de ti que fui parida, das sementes das horas tardias do teu sémen.
Nos seios, no suor, no sangue, no sexo, preencho-me sempre de violentos e ansiosos desejos. Salivo abismos e transgrido excitação como a primeira bailarina do caos. Uma diva em eternas viagens de alma que se conduz em atalhos dos precipícios retalhada nos mesmos rituais de uma louca a espera de cair no vazio.
No fundo não sou ninguém. Sou a vizinha da porta ao lado. Sou a boca sem alimento. Sou a puta da esquina. Sou a santa sem altar. No fundo sou tudo. No fundo sou tua fêmea preferida. Inperceptivelmente imortal!
11 comentários:
Avid
No inferno, ou era o céu, noutros tempos. Havia um relógio que batia e queria dizer: sempre nunca!
Lembrei a ler o interessante texto e duzi, que era escrito por tudo e nada!
Gostei!...
Beijo
Daniel
muito, muito bom. Gosto de vir aqui.
Tenha uma bela tarde.
maurizio
Sou menina, sou moleca
Na vida ...sou uma dama
Discreta, quase santa.
Na cama ...Torno-me insana,
Sem pudor, chama que clama,
Verdadeira fogueira em chama
Abandonada...liberta
Aberta, escancarada
Submissa como gueixa
Nos braços do meu senhor
Que com seu toque transforma
A Santa em Mulher Dama
Sem algemas, sem pressões
Pelo milagre do amor.
Mazé Carvalho
Muito bom mesmo.
Valeu minha visita e, obrigada pela sua.
beijooo.
És mais que a preferida
É aquela vontade
Que invade
Quase desapercebida
Um assanhar
Que arrepia
Colore a vida
Um tesão
Um correr da mão
Que alucina
Uma febre
Sem vacina
Uma mulher
Uma diva
Uma menina
Que faz o que quiser
Me deixa
À deriva...
fico no lado
com um,
i mortal,
e terna
bailar ina
do
cao s!! :)
bela definição.
vc é uma contradição mulherrr.
bjosss...
Louca,
Quem te criou sem nexo nem limites nunca completou a obra. Falta o golpe de asa, a suprema obra prima, que poderá ser apenas mais um momento de transcendência ou apenas o mote para a inspiração que te leva a escreveres textos como os ultimos.
Que te faz falta na vida afinal?
as tuas palavras bebem-se, como água no deserto...
:o)))***
Linda es simplesmente tu...Vida!
Nas entrelinhas deste sentir, evoco os Deuses pois so tu consegues transmutar o simples no Belo!
Bravo!
És isso tudo e muito mais! ;)
Nós sabemos! :P
Beijinho
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