01 agosto 2007

Desejo: Cena III

“ (...) Nesta distância transponivel, o que me sobram são palavras que teimam em não fazer nascer um poema. Queria oferecer-te um poema como tantos que me entregaste... não consigo. Desejo-te. Apenas o toque, o aroma, o arrepio... se fazem teus neste momento. Esses sim, embrulho-os em sedas desconhecidas e ofereco-te. Estou perdida nesse estranho querer, mas confesso que a vontade de me encontrar não é nenhuma. Procuro no muro da tua ausência o sabor da tua pele, o gosto da tua boca e a delicadeza das tuas mãos.
Inutilmente tento prosear. Não consigo. Os paragrafos somem ao mais pequeno aperto de coxas, na húmidade que já conheço, as frases que se perderam encontram o caminho, não da escrita mas da loucura que me assombra de forma deliciosa. Desejo-te.
Como pôr em palavras aquilo que só o meu corpo saberá te explicar? Quem sabe um dia me ensines a namorar em poema...”

11 comentários:

Unknown disse...

Não há ensinar...
Basta (a)prender.
Beijo

Lúcio Ferro disse...

Eheheh, gostei, sim senhor. Mas, claro, tenho reparo: atenção à "húmidade"...´

Beijinho.

Dawa disse...

Ando a adorar estas cenas de desejo!
Gostei mto da II. ;)
Beijinhos, linda!

Anónimo disse...

Acho tão bom perder-me aqui nesses textos, Diva... Eles ajudam na difícil missão de entender esse universo feminino tão misterioso, tão intenso.

Beijos

João Cordeiro disse...

Querida amiga cada vez está melhor...


Obrigado pela ternura do teu comentário

Fabio Valentim disse...

Gatinha, quer namorar comigo?

mitro disse...

...e contudo, fizeste um poema!

A.S. disse...

TU...és o Poema!..


Beijo-teeee

un dress disse...

são linguagens diferentes e nenhuma pode substituir a outra...:)




beijO

Avid disse...

E... o show continua.
Bjs meus

Anónimo disse...

Ola...

Poesia são palavras escritas com emoção ... com paixão...
Poesia és tu ... e o teu maravilhoso sentir que nos transmite muita emoção...

Beijo
Vity