Porque será que teimo em escrever cenas que o ponteiro do relógio a muito fez passar? Será que apenas procuro na palavra um momento único onde nem a velhice e nem o tempo se atreveram a arrancar de mim tais memórias magicas? A tarefa de reincarnar teus beijos e teu cheiro numa simples prosa parece-me agora tristonha, afinal mais do que te escrever eu queria mesmo era passar este final de tarde com a coxa enroscada na tua, sossegada e calada como uma canção escrita num qualquer amanhecer nublado de inverno. Antes de que a prosa se dissipe no ar mesmo antes de eu te escrever...antes de fazer alarde dos momentos que vivemos, apetece-me agora desconversar. Se fossemos música sabes perfeitamente qual seriamos...ou não? Vai ao começo da escrita que saberás! (lembras-te?)
(...) Em poucos instantes o ruído infernal da avenida movimentada ficava lá em baixo. A tua boca colada na minha me fazia engolir cada gota do tempo perdido na distância obrigatória da rotina do dia a dia. Cada minuto tinha sido contado até aquele momento, os segundos propositadamente antecipados por ti e as pistas seguidas cuidadosamente para que definitivamente nada se perdesse naquele beijo absurdo de excessos de tudo. Meu corpo deitado de costas se deliciava sentindo a tua língua descer pelas minhas costas e se dirigindo para as minhas pernas. O entrecalar da língua e dos teus lábios na minha pele tornava longa a tortura de eu não saber muito bem como agir. Não sou nenhuma menina, ambos sabemos disso e sexo sempre foi meu desporto favorito, também sabemos disso. Porque então a respiração teimava em falhar-me e em vez de montar em ti como uma amazona louca? Me deixei apenas ficar ali...quase estática...usufruindo dos teus toques como uma pétala preguiçosa que mal se mexe na brisa. Virei-me e colei os meus lábios nos teus com tanta força que senti os lábios incharem de imediato. Murmurei-te palavras doces ao ouvido e depois perdi-me nos instantes em que jogavas as calças no chão.
Esperei-te nua e húmida e só me permiti desatinar quando a tua lingua me abocanhou o mamilo e fez dele seu pão e seu vinho. Comeste e bebeste de mim com sofreguidão tão grande que as batidas do teu coração se confundiam com as do meu. Gemi de vontade de te retribuir com minha fome e em teu falo fiz meu altar de oração. Lambi-te devagar...(lembras-te?) senti-te erecto e ansioso e cada vez que teus dedos me despenteavam o cabelo eu chupava-te como poesia deixando minha boca se escravizar no auge da tua masculinidade.
(...) Em poucos instantes o ruído infernal da avenida movimentada ficava lá em baixo. A tua boca colada na minha me fazia engolir cada gota do tempo perdido na distância obrigatória da rotina do dia a dia. Cada minuto tinha sido contado até aquele momento, os segundos propositadamente antecipados por ti e as pistas seguidas cuidadosamente para que definitivamente nada se perdesse naquele beijo absurdo de excessos de tudo. Meu corpo deitado de costas se deliciava sentindo a tua língua descer pelas minhas costas e se dirigindo para as minhas pernas. O entrecalar da língua e dos teus lábios na minha pele tornava longa a tortura de eu não saber muito bem como agir. Não sou nenhuma menina, ambos sabemos disso e sexo sempre foi meu desporto favorito, também sabemos disso. Porque então a respiração teimava em falhar-me e em vez de montar em ti como uma amazona louca? Me deixei apenas ficar ali...quase estática...usufruindo dos teus toques como uma pétala preguiçosa que mal se mexe na brisa. Virei-me e colei os meus lábios nos teus com tanta força que senti os lábios incharem de imediato. Murmurei-te palavras doces ao ouvido e depois perdi-me nos instantes em que jogavas as calças no chão.
Esperei-te nua e húmida e só me permiti desatinar quando a tua lingua me abocanhou o mamilo e fez dele seu pão e seu vinho. Comeste e bebeste de mim com sofreguidão tão grande que as batidas do teu coração se confundiam com as do meu. Gemi de vontade de te retribuir com minha fome e em teu falo fiz meu altar de oração. Lambi-te devagar...(lembras-te?) senti-te erecto e ansioso e cada vez que teus dedos me despenteavam o cabelo eu chupava-te como poesia deixando minha boca se escravizar no auge da tua masculinidade.
Não sei se houve alternativa de espera. Não me lembro se houve mergulho mais profundo que o instante que entraste em mim e te empurraste fundo como dono e senhor do meu corpo prolongando os movimentos de vai e vem e me endoidecendo com o esplendor do adiamento da plenitude que prometia ser a queda da minha alma no abismo do teu ser.
Mal me livrei dos grilhões de ferro e fogo em que me prendias sentei-me em ti e devolvi-te os suspiros. Subia e descia de ti dialogando promessas que só teu corpo te saberá dizer quais. Não quis obedecer-te a razão, ofegante e teimosa te implorei para não pararmos. Desobediente e racional paraste a melodia e te fizeste vencedor de uma corrida onde só o prazer era troféu. Fodemos...(lembras-te?) E dos urros e sussurros enlouquecidos de suor, e dos sonhos aromatizados de quimeras inexplicáveis, e dos nossos corpos contorcendo de prazer se derramou o orgasmo...completo, exigente, errante! E eu ainda mal tinha terminado de respirar já tu te tinhas colado a mim outra vez... (lembras-te?)
5 comentários:
Claro que lembro!!!
ahahahahah
Lindo, este monologo tao sentido, com tanta vontade de saciar as vozes que ecoam em teu intimo!
Grita, mesmo que nesse grito alcances a leveza de espirito...
Beijo doce
Louca,
completamente louca...
Suzana... Suzana...
"nha sonho" contigo ainda....
bj
Susana com o S, sfv.. pq quando se começa com S, se deveria manter tal curva para sempre.
Chegar até aqui foi como... daqueles orgasmos em que não se perde a erecção, agora continuemos!
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